Andrew Huberman dedicou três episódios do seu podcast ao tema dos Psicadélicos. O Podcast Huberman Lab é uma das referências mundiais na divulgação científica, nomeadamente nas neurociências, e conta regularmente com especialistas mundiais entre os convidados. Huberman aborda temas abrangentes e bastante relevantes para o público geral, com uma linguagem rigorosa mas acessível a quem não tem formação nestas áreas científicas. Atualizámos este artigo para incluir entrevistas recentes de Andrew Huberman com os conceituados podcasters Sam Harris e Tim Ferris.
1. Psilocibina: Benefícios e Riscos
O primeiro episódio foi dedicado à psilocibina, onde se explica como a substância funciona no nosso cérebro se e discutem riscos e benefícios do seu uso. Andrew Huberman apresenta também resultados de alguns ensaios clínicos, contextualizando o uso da psilocibina em protocolos psicoterapêuticos para o tratamento de várias doenças mentais. Outros tópicos abordados são a neuroplasticidade induzida pela psilocibina, os seus efeitos no humor e na criatividade, e ainda a importância do “set and setting” na prevenção das chamadas “bad trips”.
2. Psicadélicos e Saúde Mental
No segundo episódio dedicado ao tema dos psicadélicos, Huberman convidou o investigador Robin Carhart-Harris, fundador do Centro para a Investigação Psicadélica no Imperial College de Londres, e que atualmente lidera a unidade de investigação neurocientífica translacional Neuroscape, na Universidade da Califórnia. Carhart-Harris-Harris é um dos líderes mundiais na investigação com psicadélicos, tendo interesse no potencial terapêutico de várias substâncias, como psilocibina, LSD, e DMT. Ao longo de mais de duas horas, os dois investigadores ainda abordam temas como o perfil de segurança destas substâncias, a importância da preparação e do contexto para a eficácia terapêutica da experiência psicadélica, a distinção entre macrodosagem e microdosagem, e ainda o enquadramento legal atual e o que poderá ser perspetivado para um futuro próximo.
3. MDMA: Benefícios e Riscos
No terceiro episódio, Andrew Huberman foca-se no MDMA e aprofunda bastante a dinâmica farmacológica desta substância bem como a questão da sua potencial toxicidade. Ao longo do podcast é evidenciado o potencial terapêutico do MDMA, sendo apresentados os resultados dos ensaios clínicos mais recentes que incluem pacientes com perturbação por stress pós-traumático, sendo ainda esclarecidos os procedimentos da psicoterapia assistida por MDMA. Huberman discute também os aspetos fenomenológicos relacionados com esta substância empatogénica e alguns dos seus potenciais efeitos secundários.
4. Medicina Psicadélica: Psicadélicos para o Tratamento de Doenças Mentais
Neste episódio, Matthew Johnson, um reconhecido investigador da Universidade Johns Hopkins, fala sobre o potencial dos psicadélicos para o tratamento de várias condições psicopatológicas, desde a depressão à adição, passando por trauma, perturbações do comportamento alimentar ou perturbação de hiperatividade e défice de atenção. Este é um episódio mais genérico e introdutório em que muitos tópicos são incluídos além da terapia assistida por psicadélicos, como uma breve explicação das várias substâncias psicadélicas, a variedade de experiências fenomenológicas, riscos e questões legais, entre outros temas.
5. A Utilidade dos Psicadélicos | Dr. Sam Harris & Dr. Andrew Huberman
Este é um excerto do episódio do Huberman Lab “Dr. Sam Harris: Usar a Meditação para Focar, Obsersar a Consciência e Expandir a Mente”. O episódio completo pode ser encontrado no YouTube. Os dois reconhecidos especialistas conversam sobre o uso terapêutico dos psicadélicos e as semelhanças entre os benefícios de uma viagem psicadélica e de práticas de meditação de longo prazo. Este episódio pode interessar a todos que queiram aprender mais sobre as funções de ordem superior do cérebro e as relações entre os psicadélicos, a consciência, e a meditação.
6. Andrew Huberman Muda de Opinião Quanto aos Psicadélicos | The Tim Ferriss Show
Neste video da conversa entre Andrew Huberman e Tim Ferris, o conceituado neurocientista explica o porquê de ter mudando de opinião em relação aos psicadélicos fanzendo menção ao corpo de literatura ciêntifica já publicada, a experiências pessoais e a novas abordagens científicas relacionados com o uso terapêutico destas substâncias.