Inês

Chamo-me Inês e tenho tido experiências muito ricas e intensas, algumas desafiantes, com algumas medicinas. Não consigo apontar uma experiência isolada como a ‘mais importante’, porque sinto que cada uma delas surgiu no momento certo, como se houvesse uma inteligência a guiar o processo. Tenho experiência com LSD, psilocibina, MDMA e um pouco com ayahuasca, e tanto os momentos de introspeção terapêutica quanto as celebrações em comunidade tiveram um peso enorme na minha transformação.

É quase paradoxal sentir que, no fundo, continuo a mesma de sempre, mas ao mesmo tempo, muita coisa mudou. Quase como se estas experiências tivessem desbloqueado partes de mim que estavam adormecidas ou precisavam de ser revistas.

Além do meu próprio crescimento pessoal, da descoberta de mim própria, da paz que encontrei e até da cura de um trauma que carregava, estas medicinas trouxeram algo mais precioso: comunidade. Ganhei amigos muito próximos, pessoas que partilham uma compreensão profunda e um olhar parecido sobre a vida. E aprendi que precisamos uns dos outros para nos conhecermos, para nos espelharmos e para nos apoiarmos nesta caminhada.