MDMA (Ecstasy)

O MDMA, abreviatura de 3,4-metilenodioximetanfetamina, mais conhecido como Ecstasy ou Molly, é um tipo de anfetamina, uma classe de substâncias estimulantes que provoca alterações no humor e na percepção.

Quimicamente semelhante aos estimulantes e aos psicadélicos, o MDMA pode ser classificado como um entactogénico ou empatogénico que produz habitualmente sensações de euforia, empatia e bem-estar emocional.

Desenvolvido em 1912 pela companhia farmacêutica Merck, não existem relatos documentados sobre a utilização de MDMA em humanos anterior a 1970, altura em que começou a ser introduzido em círculos fechados de psicoterapia nos Estados Unidos. Embora tenha a reputação de ser uma substância sobretudo utilizada em clubes noturnos, a sua capacidade em ajudar os utilizadores a aceder às emoções tornou-a popular no tratamento da depressão e na terapia de casal. Leo Zeff, o psicólogo e psicoterapeuta que primeiro introduziu o MDMA no mundo da psicoterapia supostamente baptizou a substância com o nome “Penicilina da Alma”.

O bem-estar que a substância induz é geralmente caracterizado por um estado combinado entre relaxamento e euforia, incluindo grande abertura emocional, redução de pensamentos negativos e diminuição de inibições. O MDMA produz também sensações corporais amplificadas em que as experiências de toque, som e cor podem ser mais intensas do que num estado natural. O estado eufórico é sobretudo influenciado pelo aumento da dopamina no cérebro, que produz também uma subida nos níveis de energia física durante a experiência.

O aumento de norepinefrina e de noradrenalina estimulam a subida da frequência cardíaca e da pressão arterial, enquanto que os níveis de serotonina aumentados produzem mudanças no humor, apetite, excitação sexual e ritmo circadiano. É provável que os picos de serotonina e de oxitocina observados numa experiência com MDMA sejam os responsáveis pelos sentimentos de proximidade emocional e empatia habitualmente descritos pelos utilizadores. Efeitos adicionais incluem estimulação física, desinibição e grande empatia e sociabilidade.

Fonte: O Globo

A percepção de uma experiência corporal amplificada pode criar as condições necessárias para que a pessoa mergulhe mais fundo em si e, consequentemente, esteja em contacto directo com as suas emoções. Por outro lado, alguns investigadores pensam que a abertura emocional que o MDMA produz poderá estreitar o vínculo entre o paciente e o terapeuta em contexto clínico, podendo ajudar também a criar um ambiente propício à cura. Atualmente, estão a decorrer estudos para aprofundar o potencial do MDMA no tratamento do Transtorno de Stress Pós-Traumático (PTSD), Ansiedade Social em adultos autistas e Ansiedade Generalizada em pessoas com doenças terminais. 

Ao contrário das substâncias psicadélicas clássicas, existe um risco de sobredosagem com o MDMA e também se considera possível que esta substância tenha alguma neurotoxicidade, provavelmente mais acentuada em pessoas com tomas levadas e repetidas ao longo da vida. Os riscos físicos mais graves associados ao MDMA são o sobreaquecimento e a desidratação, sobretudo em ambientes onde a regulação da temperatura corporal seja mais difícil, por exemplo quando a temperatura e/ou a humidade estão elevadas e/ou na presença de atividade física intensa ou continuada. Outros efeitos possíveis são a pressão arterial elevada, náuseas, tremores, tensão muscular (por exemplo, nos maxilares) e insónia.

Nota: Esta informação foi adaptada das fontes abaixo indicadas (entre outras), onde está disponível mais informação.