Ciência

A Nova Vida das Drogas Psicadélicas (Público)

“Desde a antiguidade que o Homem consome substâncias que induzem estados alternativos de consciência. Nos anos 1960/70 as drogas psicadélicas abanaram de tal forma a sociedade que foram proibidas e excomungadas. Mas resistiram e hoje assiste-se ao seu ressurgimento, agora com o apoio das neurociências e a promessa de alterarem para sempre a compreensão da mente humana e de algumas das suas aflições.

Em 2008, 36 voluntários saudáveis participaram num estudo na Universidade Johns Hopkins (EUA), onde ingeriram uma dose da droga psicadélica psilocibina. A psilocibina é uma substância quimicamente semelhante ao LSD e que produz efeitos comparáveis. Depois dessa sessão, 80% dos participantes classificaram a experiência como estando entre as cinco experiências pessoal e espiritualmente mais significativas das suas vidas. Para metade deles, esta foi considerada a experiência mais marcante das suas vidas até então. Estes resultados foram confirmados um ano após a experiência e foram também validados com amigos e familiares dos participantes, através de entrevistas.

Em 2010, 51 doentes com cancro potencialmente terminal participaram num estudo na mesma universidade e com a mesma substância, tendo como objectivo reduzir a depressão e ansiedade habitualmente associadas ao risco de morte. O estudo é ainda hoje considerado um marco, pois a maioria dos participantes viu a sua depressão e ansiedade reduzidas de forma significativa, com resultados muito superiores ao observado habitualmente com fármacos. Após seis meses, 80% dos participantes reportavam reduções significativas nos sintomas de depressão e ansiedade e melhorias significativas nas atitudes acerca de si próprios e da vida, no seu humor e qualidade de vida, e na qualidade dos seus relacionamentos — atribuindo as melhorias à sua experiência com aquela droga. Novamente, os resultados foram confirmados por terceiros de forma independente.

(…)”

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