Testemunhos
#ayahuasca#bufo alvarius

Albuquerque

29 anos – Funcionário público

A minha primeira toma de ayahuasca foi no contexto de Santo Daime. Não tinha grandes expetativas e acabei por ser levado para um lugar de visão caleidoscópica, com visões geométricas. O meu estado de espírito era de paz plena.

Depois disso realizei várias outras tomas de ayahuasca em contexto xamânico. Numa delas a ayahuasca queria ensinar-me algo. Vi-me com uma pela negra e consegui ver, acima do planeta Terra, o continente africano e o Brasil e vi a miséria do mundo. Talvez tenha sido uma memória akáshica e consegui sentir na pele o que é ser de uma casta desfavorável. Trouxe muitas aprendizagens dessa experiência e, uma das maiores, foi a de valorizar mais a minha vida presente. Aprendi com a ayahuasca a ser uma pessoa melhor, mais consciente e a ter um maior amor pela vida, pelas coisas, pela Natureza. Antes olhava para um mosquito ou para uma formiga e não tinha problemas em fazer-lhe mal, mas hoje em dia, depois dessa conexão com a Natureza não consigo mais fazê-lo.

A ayahuasca permite desvendar o mistério, para além do véu da ilusão e das fronteiras de terceira dimensão, levando-me mais além.

Para além da ayahuasca também já tomei bufo alvarius e ambas me ajudaram a expandir a consciência. Exatamente por causa disso, a integração tem sido um processo lento, pois vi o outro lado da realidade cósmica e tem sido difícil aceitar quem eu sou, e quem somos enquanto coletivo, depois desta experiência tão poderosa. Estou no caminho de uma integração completa sobre esta realidade da imensidão infinita de quem somos.

Sinto-me privilegiado por ter contacto com estas medicinas, tem sido gratificante. Tem de se usar sempre com respeito e respeitar o processo de integração que vem depois da cerimónia em si e que permite perceber melhor a experiência.

Nota: Alguns nomes nos testemunhos foram alterados para assegurar o anonimato.