David

28 anos – Designer e músico

Senti que a experiência com a ayahuasca foi um processo evolutivo. Às vezes ia para uma sessão à espera de uma coisa e depois acontecia outra. Sempre fui com a postura de querer aprofundar mais o conhecimento de mim e do mundo, no entanto nem sempre foi essa a resposta aparente que tive durante a viagem. No entanto, no processo de integração e nos dias a seguir percebia essas respostas que não tinha conseguido ver durante a sessão em si.

Senti um reiniciar do meu sistema, a mente aberta para deixar entrar novas coisas em mim.

A música é uma parte essencial da sessão, influenciando também a própria viagem, levando-nos para sítios mais alegres ou mais tensos. Durante uma das viagens houve uma abertura harmónica das músicas e uma perceção muito maior do que estava a acontecer, como uma teia que ia abrindo por camadas, um estrinchar da música.  Era como se conseguisse abrir a música e mexer dentro dela, como se estivesse a percepcioná-la como um software de música.

Uma coisa muito importante que acontece com as sessões tem sido a preparação e o pós sessão. Já ouvi outras pessoas falarem sobre como são outras sessões e nesta é essencial a partilha após a sessão, de todos, e o acompanhamento que é feito após a sessão. É também interessante que todos estejamos depois integrados num grupo de whatsapp sempre acompanhados pelos orientadores da sessão física.

Nota: Alguns nomes nos testemunhos foram alterados para assegurar o anonimato.