notícias

“Espero que as Plantas Vençam” – Entrevista a Matteo Politi (Microdose)

O projeto de jornalismo independente Microdose, entrevistou o coordenador de investigação da organização não governamental Takiwasi Matteo Politi, formado em etnofarmacologista e investigador.

Politi começou por explicar como esta organização combina o conhecimento e tradições amazónicas com plantas medicinais, e uma abordagem científica ocidental. Fundada em 1992, é uma comunidade terapêutica focada no tratamento da adição ao álcool e drogas, com uma forte componente de investigação relativamente a plantas medicinais de tradição Amazónica.

Para o investigador é importante que a componente ritualística seja tida em conta na implementação de tratamentos com estas plantas medicinais no ocidente, uma vez que, na sua origem, os rituais são parte integrante da administração da substância, que não deve ser considerada isoladamente.

No que diz respeito ao uso crescente de plantas e fungos medicinais por todo o Mundo, Matteo Politi acredita que este movimento pode ser benéfico para a humanidade contribuindo para uma visão menos antropocêntrica e para uma maior validação do conhecimento vindo das culturas indígenas, nomeadamente no que diz respeito à manutenção da biodiversidade.

O investigador respondeu às seguintes perguntas, entrevista que pode aceder AQUI:

  1. Como é que a Takiwasi combina as tradições das plantas medicinais amazónicas com a investigação científica?
  2. A ayahuasca desempenha um papel importante no trabalho da Takiwasi. Pode descrever como a ayahuasca é utilizada no Peru, hoje em dia?
  3. Como encara as ligações entre os valores indígenas, as plantas e as questões ambientais?
  4. Existe uma crescente procura por ayahuasca nos EUA e noutros locais fora da região amazónica. Centenas de igrejas usam a ayahuasca como sacramento, alegando que esta é protegida como liberdade religiosa por uma decisão do Supremo Tribunal dos EUA de 2006. O que pensa da crescente popularidade da ayahuasca e de outras substâncias psicadélicas à base de plantas e fungos em países como os Estados Unidos?

Deixe um comentário