O uso da psilocibina para tratar a depressão e do MDMA para a perturbação de stress pós-traumático (PSPT) recebe uma grande parte da atenção mediática dedicada ao potencial das terapias assistidas por psicadélicos na saúde mental. É expectável que em 2024, ambas possam ser aprovadas como medicinas pela FDA norte-americana, para aquelas duas doenças. Contudo, os psicadélicos estão a ser investigados para um número crescente de outras condições relacionadas com a saúde – e não apenas na saúde mental. Um novo artigo publicado na Lucid News dá conta destes avanços.
Um olhar rápido pela tabela em cima, cortesia da newsletter Blossom, é suficiente para descrever a enorme extensão da investigação atual com psicadélicos, considerando apenas ensaios clínicos registados e também alguns ensaios por parte da indústria (ver legenda para mais detalhes). Isto significa que não estão incluídos outros tipos de estudos e respetivos temas, por exemplo estudos na área das neurociências, estudos em contextos naturalísticos (no terreno) ou estudos populacionais.
Para além da depressão, ansiedade, PSPT e adições, o artigo de Floris Wolswijk destaca ainda o tratamento da fibromialgia, das enxaquecas e doenças relacionadas (p.ex., cefaleias em salvas), dos distúrbios alimentares (como a Anorexia Nervosa), e da Perturbação Obsessivo-Compulsiva como áreas onde se podem esperar desenvolvimentos próximos relevantes.