Ciência

As 100… 120… 130?! Pessoas Mais Influentes no Mundo Psicadélico em 2020

Nas últimas semanas gerou-se alguma discussão nas redes sociais e em publicações online, a propósito de um artigo do website Psychedelic Invest que identificava e descrevia os contributos dos 100 homens e mulheres mais influentes no atual ‘ecossistema psicadélico’. Para esta lista foram considerados critérios como: alcance social e mediático; contributos científicos; participação na produção de legislação favorável; e criação de valor e nível de investimento. A lista, liderada por Tim Ferriss, inclui uma breve descrição de todos os seus membros e respetivas ligações online.

Entretanto, a fotografia que ilustrou o artigo foi o rastilho para uma série de críticas ao artigo, centradas à volta da falta de diversidade que deixava transparecer, face à realidade do universo psicadélico, e também sobre os critérios que foram usados para definir a grau de influência.

Imagem que ilustrava o artigo original, do website Psychedelic Invest

Sendo este um tema caro à “comunidade psicadélica”, sobretudo à sua ala mais progressista e mais ativa cultural e socialmente, estas críticas tiveram eco nos autores do artigo que, não só alteraram a fotografia, retirando a imagem dos 10 primeiros classificados na sua lista – todos homens brancos -, mas também publicaram uma nota adicional ao artigo, reconhecendo as suas limitações e afirmando o seu compromisso para com valores como a sustentabilidade (por oposição ao crescimento e criação de valor meramente financeiros), a diversidade de pessoas e geografias de origem, e a abrangência cultural e histórica – na apreciação de contributos nesta área.

A este debate foi mais tarde acrescentado um segundo artigo, da autoria de Marik Hazam, com uma lista alternativa das 100 pessoas mais influentes – e respetiva montagem fotográfica. Neste caso, a metodologia seguida foi um “levantamento informal do ecossistema psicadélico através daquilo que membros da comunidade acreditam terem sido as pessoas mais influentes no desenvolvimento desta área”, não sendo fornecidos mais detalhes.

Imagem que ilustra o novo artigo, de Marik Hazam

Os leitores do SafeJourney beneficiam assim duplamente desta discussão. Não só ficam a par, e podem formar a sua própria opinião, nomeadamente sobre a importância da diversidade cultural no fenómeno do renascimento psicadélico; como acedem a uma lista bastante completa de muitos daqueles e daquelas que se têm empenhado, com maior ou menor visibilidade, no desenvolvimento desta vibrante área. A nova lista, que não inclui portugueses, inclui agora nomes como Ben de Loenen (da influente organização ICEERS), os artistas Alex e Allison Grey, e Mike Tyson, todos ausentes na lista inicial. Está ordenada alfabeticamente, inclui também algumas organizações/entidades, e inclui referências póstumas aos contributos de Jordi Riba (cientista), Sheri Eckert (ativista) e Kilindi Iyi (micologista), todos falecidos em 2020.

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